A juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, determinou que a deputada federal Flordelis dos Santos de Souza, acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, terá que usar tornozeleira eletrônica.
A parlamentar e líder evangélica, além do monitoramento por meio da tornozeleira, também terá que ficar em recolhimento noturno das 23h às 6h. Porém, até o momento, a magistrada negou pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP) para afastar Flordelis do cargo.
Flordelis só não pode ser presa por ter a imunidade parlamentar.
O promotor Carlos Gustavo Coelho de Andrade, no pedido feito no último dia 11, usou argumentos como o fato de alguma das testemunhas do processo poder ser morta e a dificuldade para que Flordelis fosse encontrada e citada dos processos criminal e disciplinar na Câmara dos Deputados.
Em sua decisão, Nearis relembrou anteriores tentativas de Flordelis de atrapalhar as investigações para embasar a necessidade de monitoramento por tornozeleira.
Já ao negar o pedido para afastar Flordelis do cargo de deputada, a juíza afirmou que “não se vislumbra nos fatos narrados na denúncia, nem nas novas informações trazidas aos autos, o uso da máquina pública ou o efetivo abuso do cargo eletivo para a prática dos crimes imputados, assim como não restou demonstrado que o exercício da função parlamentar possa de alguma forma causar prejuízo à instrução criminal”.