Família de idosa presa nos atos de 8 de janeiro se mostra desesperada por ajuda

A família de Adalgiza Maria Dourado, de 65 anos, que está presa por envolvimento nos atos, está desesperada por ajuda. Na segunda-feira (7), o advogado Luiz Felipe Cunha, que representa a idosa, fez a terceira denúncia na Organização dos Estados Americanos (OEA).

O advogado disse que percebeu uma grande piora no estado físico e emocional de Adalgiza.

– Em atendimento a Dona Adalgiza, as 15h de hoje, percebemos uma grande piora em seu estado físico emocional, o que pode levá-la ao óbito – relatou.

Ele explicou ainda que a idosa não tem recebido nenhum atendimento médico e psicológico.

– Fizemos a terceira denúncia à CIDH/OEA, na presente data, para as providências necessárias, com todas as comprovações de que a mesma não vem tendo nenhum atendimento médico, psicológico, psiquiátrico e outros, o que nos deixou extremamente preocupados, principalmente sua família.

Ele mostrou uma cópia da nova denúncia e apontou que Adalgiza está debaixo de um “tratamento desumano e degradante”.

Dona Adalgiza cumpre pena na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia. Ela recebeu como pena, pelos atos de vandalismo, 16 anos e seis meses de prisão.

A idosa foi presa no dia 8 de janeiro de 2023, dentro do Palácio do Planalto, e chegou a ser liberada da prisão, sob a condição de que usasse a tornozeleira eletrônica. Contudo, a idosa voltou a ser presa, em junho de 2024, em decisão justificada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com o “fundado receio de fuga da ré”.

Ela foi condenada pelos crimes de associação criminosa armada, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração do patrimônio tombado. Sua condenação já transitou em julgado.