Ex-prefeito de Nhamundá é denunciado por movimentar conta do município após deixar o cargo

A prefeitura de Nhamundá (a 545 quilômetros de Manaus), denunciou o ex-prefeito da cidade, Gledson Hadson Paulain Machado, por movimentar mais de R$ 300 mil das contas públicas do município amazonense após o término do seu mandato.

Segundo a denúncia, que foi apresentada no dia 18 de novembro deste ano ao Ministério Público Federal (MPF), Tribunal de Contas da União (TCU) e Polícia Federal (PF), o ex-parlamentar, conhecido como ‘Nenê Machado’, teria transferido R$ 334.478,55 no dia 11 de janeiro de 2021.

O caso foi apresentado à justiça dois anos após o início da nova gestão do município, comandado pela prefeita Marina Pandolfo (PSD), antiga aliada do acusado. A movimentação na conta foi comprovada através de extrato bancário e outros documentos.

Na denúncia, Marina ressalta ainda que por não haver transição de governo entre a gestão anterior e a atual, isso “ocasionou um enorme prejuízo para a atual administração“, já que não foi possível ter acesso a documentos e informações.

Somado a isso, a prefeitura do município também pede aos órgãos públicos que as medidas administrativas e judiciais necessárias sejam aplicadas. O caso está sob investigação. Clique no link abaixo e veja o documento da denúncia: 

REPRESENTACAO-MPF-MUNICIPIO-DE-NHAMUNDA-MOVIMENTACAO-BANCARIA

Histórico

Esta não é a primeira vez que o ex-prefeito é investigado. Em setembro de 2021 ele foi alvo do Ministério Público do Amazonas (MPAM) após ser denunciado por suposto enriquecimento ilícito.

As investigações começaram após a evolução patrimonial de ‘Nenê Machado’ se mostrar incompatível com os rendimentos recebidos pelo exercício de cargo público na Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM).

Segundo apurado pelo órgão, no ano de 2013, Gledson abriu a empresa Mil Comércio de Estivas e Ferragens Ltda, com capital social avaliado em R$ 150 mil. Em seguida, abriu a empresa Mil Comércio de Estivas e Ferragens Ltda, com capital social de R$ 800 mil.

Por último, criou a Mil Transportes de Carga, no valor de 1,8 milhão. As empresas foram abertas, segundo a denúncia, “assim que o prefeito assumiu a Prefeitura de Nhamundá”.