Em vídeo, Deputado Da Cunha ameaça matar namorada: “Vou encher tua cara de tiro”

O Programa Fantástico mostrou no último domingo (17) um vídeo do Deputado Federal Carlos Alberto da Cunha (PP-SP), também conhecido como “Delegado da Cunha”, réu por agressão contra sua ex-companheira, Betina Grusiecki, no ano anterior.

A gravação, feita pela própria vítima, revela insultos e ameaças proferidas pelo parlamentar. A vítima relatou à justiça que Da Cunha chegou a bater sua cabeça na parede e tentou sufocá-la. Carlos Alberto da Cunha, de 46 anos, foi eleito Deputado Federal por São Paulo com mais de 180 mil votos, ganhando notoriedade na internet por seus vídeos de operações policiais.

Segundo o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), ele a ameaçou, agrediu e causou danos materiais. A acusação de violência doméstica ainda aguarda julgamento.

A última agressão ocorreu no apartamento do casal no litoral paulista, em 13 de outubro do ano anterior, uma sexta-feira. Durante uma discussão, Betina Grusiecki afirmou ter sido verbalmente agredida pelo deputado. No sábado seguinte, dia 14 de outubro, que coincidia com o aniversário do deputado, ele passou o dia fora com as crianças e, ao retornar à residência, segundo Betina, estava embriagado.

O vídeo apresentado é a gravação feita por Betina, que nunca havia sido divulgada anteriormente. Nele, é possível ouvir o deputado insultando sua então companheira e ameaçando matá-la. Embora em alguns momentos o rosto de Betina seja visível, a maior parte do vídeo contém apenas áudio.

O Instituto Médico Legal (IML) confirmou lesões em Betina. No vídeo, brevemente, o rosto do deputado é visível enquanto ele mexe na mochila onde está o celular. Em sua defesa à justiça, o deputado alegou ter tentado evitar que Betina colocasse maquiagem na mala.

Ele negou os demais incidentes, porém o IML confirmou escoriações no couro cabeludo e lesões corporais leves em Betina. O deputado também registrou um boletim de ocorrência alegando ser ele o agredido, citando um ferimento causado por um secador. O Ministério Público concluiu que Betina agiu em legítima defesa.

Diante da Justiça, o deputado tentou justificar os eventos com razões psicológicas e espirituais. Já a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que o deputado está regularmente afastado para exercer a atividade parlamentar e que ele responde a cinco procedimentos na Corregedoria, que seguem sem decisão definitiva.

**Com informações IG