Em discurso, ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, chama primeiro-ministro de Israel de ‘Hitler’ e defende o Irã

Nesta sexta-feira (13), o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a manifestar apoio ao Irã em meio à escalada do conflito no Oriente Médio. Em discurso televisionado, ele expressou solidariedade não apenas ao Irã, mas também aos palestinos, sírios, libaneses, iemenitas e a “todos os povos muçulmanos e árabes”.

Maduro acusou Israel, sob comando de Benjamin Netanyahu, de promover um massacre contra a população de Gaza e da Cisjordânia. Segundo ele, a comunidade internacional e a ONU “se calaram diante da destruição de 80% dos apartamentos, casas, escolas, mesquitas e hospitais da Faixa de Gaza”.

O venezuelano também criticou os países ocidentais, incluindo Alemanha, França, Reino Unido e Estados Unidos, por supostamente permitirem os ataques a Líbano e Síria. Ele comparou Netanyahu a Hitler e fez um apelo para que Israel interrompa o que chamou de “loucura”.

A declaração ocorre após um grande ataque israelense na madrugada de sexta-feira, que matou altos comandantes militares iranianos, incluindo o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general Mohammad Bagheri, o comandante da Guarda Revolucionária, general Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.

Segundo Netanyahu, a ofensiva teve como objetivo conter o avanço do programa nuclear do Irã e destruiu instalações de enriquecimento de urânio. Teerã respondeu com sucessivas ondas de ataques contra Israel e classificou a operação israelense como uma “declaração de guerra”.