Em carta, conselheiro da Petrobras propõe congelar preços por 45 dias

Na tentativa de apaziguar a situação entre a Petrobras e o governo federal, um conselheiro da estatal enviou uma proposta de congelamento de preços por 45 dias. Em troca, o Palácio do Planalto não trocaria nenhum integrante da direção no período.

Na tarde desta sexta-feira (17/6), Francisco Petros, conselheiro representante dos minoritários no Conselho de Administração, defendeu a criação de um grupo de trabalho para discutir o assunto.

“Acreditamos que o que aqui se propõe pode restabelecer o ambiente saudável de relacionamento institucional da Petrobras com seu principal acionista, bem como, restabelece a normalidade da gestão na busca de soluções úteis ao Brasil, suas instituições e a sociedade, as empresas e todos os stakeholders da Petrobras”, diz um trecho do documento, divulgado pelo jornal Valor Econômico.

O conselheiro propõe a retirada da lista de novos nomes para o Conselho de Administração da estatal, incluindo o secretário de desburocratização do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade, indicado para substituir o atual presidente da estatal, José Mauro Coelho.

A carta foi enviada aos ministros de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Petros afirma que os efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia, a comunicação do governo e as medidas adotadas em relação à Petrobras resultaram no ambiente turbulento envolvendo a estatal.

A estatal justifica que quando o preço dos combustíveis aumenta no exterior, a empresa precisa reajustar também para manter a paridade.

A situação ficou ainda mais tensa nesta sexta, após o quarto aumento no diesel e o terceiro na gasolina só neste ano. A gasolina subiu 5,18%, enquanto o diesel teve acréscimo de 14,26% no preço.

A partir deste sábado (18/6), a gasolina terá variação de R$ 0,15 por litro, enquanto o diesel subirá R$ 0,63 por litro.