
Brasil – Para quem acompanha política, não é novidade que, desde 2018, a cena política brasileira é dominada por duas forças: à esquerda, o PT, que neste momento está em sua quinta gestão federal; e à direita, o bolsonarismo, que hoje se concentra no PL e passou pelo Palácio do Planalto entre 2019 e 2022, sob o comando de Jair Bolsonaro, hoje condenado a 27 anos por tentativa de golpe de Estado.
Também não é novidade que, desde que o PT se consolidou como a principal força política nacional, setores da elite brasileira tentam emplacar a chamada “3ª via”, que foi esmagada pelo bolsonarismo em 2018.
Com a volta do PT ao Palácio do Planalto, sob o comando do presidente Lula, a estratégia da “3ª via” retornou; no entanto, ainda não conseguiu encontrar respaldo na sociedade, hoje polarizada entre petistas e bolsonaristas — para desespero dos detentores dos meios de produção, como diz o velho Marx.
Para surpresa e choque de parcela do eleitorado conservador, quem também compartilha essa análise sobre a cena política é o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, em uma publicação nas redes sociais, insinuou que, sem “petismo” e “bolsonarismo”, não sobra nada na política.
“Tirando do jogo bolsonarismo e petismo, sobra o quê? A resposta acaba por tirar muitas perguntas do ar”, questionou Eduardo Bolsonaro.