Desmatamento fará Brasil sofrer com aumento da transmissão de dengue e zika

O Brasil bateu o recorde de mortes por dengue em 2022, ao ultrapassar pela primeira vez na história recente a barreira dos quatro dígitos, com 1.016 óbitos. A triste marca deve ser superada em 2023. Com informações do Ecoa Uol.

De acordo com o Centro de Operações de Emergências de Arboviroses, já são 635 casos fatais registrados até 11 de junho, um aumento de 22% em relação ao mesmo período do ano passado.

A última atualização do órgão, criado neste ano pelo Ministério da Saúde, aponta 1,3 milhões de ocorrências prováveis de pessoas infectadas até o momento. Em 2022, foram 1.450.270 casos.

Se a presença da dengue, cujo principal vetor é a fêmea do Aedes aegypti, se mostra assustadora no presente, um estudo da Universidade de Michigan (EUA) indica um panorama no futuro ainda pior. O potencial de transmissão das arboviroses — doenças que incluem, além da dengue, zika e chikungunya — pode aumentar 20% nos próximos 30 anos devido às mudanças climáticas.

O alarmante cenário projetado surgiu de uma investigação da incidência destas patologias em quatro capitais do Brasil: Manaus, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.