
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que a demanda por carga elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiu um novo recorde nesta sexta-feira (21/2). Às 14h24, o consumo alcançou 104.732 megawatts, o maior já registrado na história e o quarto recorde do ano.
O novo pico superou a marca anterior, de 12 de fevereiro, quando o consumo foi de 103.754 MW. Antes disso, os recordes ocorreram em 11 de fevereiro (103.335 MW) e 22 de janeiro (102.810 MW).
Em nota, o ONS atribuiu o aumento da demanda às altas temperaturas e condições climáticas extremas registradas em diversas regiões do país.
Impacto da energia elétrica na economia
A energia elétrica residencial faz parte do grupo Habitação no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o principal indicador da inflação no Brasil. No cálculo da inflação, a eletricidade representa 25% do grupo e tem grande influência sobre o custo de vida.
- Em janeiro, a queda de 14,21% nos preços da energia elétrica residencial foi a principal responsável pela desaceleração da inflação, que subiu apenas 0,16%, menor nível para o mês desde 1994.
- A energia elétrica teve o maior impacto negativo (-0,55 ponto percentual) no IPCA geral.
- O consumo de eletricidade subiu 2,2% em janeiro, em comparação com o mesmo período de 2024, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Sistema elétrico opera com segurança
Segundo o diretor-geral do ONS, Marcio Rea, os estudos do órgão já previam esse aumento no consumo de energia e o sistema elétrico tem respondido de forma segura.
“O novo recorde reforça o quanto o SIN está preparado para atender a essa crescente demanda sem comprometer a estabilidade do sistema”, afirmou Rea.
O ONS destacou ainda que o sistema elétrico brasileiro é robusto e opera com segurança, mesmo diante do cenário de consumo crescente e recordes sucessivos.