
O Delegado de Polícia Civil, Kleyton Manoel Dias foi absolvido pela justiça após ser acusado de estuprar a miss trans Jade Fernandes, e ter por dirigir sob efeito de bebida alcoólica em Goiânia. Segundo a justiça, as provas não foram suficientes para comprovar crimes sexual e de embriaguez ao volante.
Ainda segundo informações, também não houve clareza se o ato sexual, o delegado e a miss, aconteceu com ou sem consentimento. Quanto à acusação de que o delegado teria dirigido bêbado, embora ele tenha afirmado ter consumido duas doses de uísque, não houve provas de que o consumo seria suficiente para configurar crime.
O Ministério Público de Goiás (MP-GO), informa que vai recorrer da sentença que absolveu o delegado da imputação dos crimes de estupro e embriaguez ao volante. Para a promotoria, existem provas claras e robustas a respeito da materialidade dos dois delitos.
“Especificamente sobre o crime contra a dignidade sexual, na linha da jurisprudência dos tribunais superiores, a palavra da vítima tem grande relevância – notadamente quando corroborada pelos vestígios e provas periciais, como no presente caso – não a enfraquecendo nem mesmo eventual falta de reação enérgica ou suposto consentimento inicial dado pela vítima de estupro”, diz nota.
RELEMBRE O CASO
A Miss Trans Jade Fernandes denunciou, em janeiro, ter sido estuprada pelo Delegado Kleyton Manuel Dias, da Polícia Civil de Goiás, em Goiânia. Em entrevista coletiva, a modelo afirmou que teria sido dopada e que a violência sexual foi praticada no porta-malas do carro do delegado.
Em nota, a defesa da modelo diz que tanto a materialidade do crime quanto a autoria foram comprovadas. “As provas, que incluíam depoimentos, exames médicos e outras evidências, foram devidamente analisadas pela acusação, que sustentou a culpabilidade do delegado”.