CPI da covid deve investigar confusão no jogo entre Brasil e Argentina; entenda

A CPI da Covid pretende protocolar nesta segunda-feira (06), um pedido de informações sobre quem autorizou os jogadores argentinos a entrar em campo hoje. Segundo o vice-presidente da Comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), se não obtiver as informações, a CPI estuda convocar CBF ou Anvisa.

“Vamos enviar requerimento à CBF, através da CPI da Pandemia, solicitando resposta para o seguinte: Com quais autoridades o Governo Brasileiro fez ‘acordo’ para burlar as regras sanitárias da Anvisa?”, escreveu o senador no Twitter. Com informações Uol.

“Foi dito por vários interlocutores, inclusive pela Conmebol, que havia um ‘acordo’ para com as autoridades do governo brasileiro para a participação dos quatro jogadores que foram identificados pela Anvisa burlando as normas sanitárias do nosso país”, disse Randolfe Rodrigues em entrevista à GloboNews.

A CPI apura ações e eventuais omissões do governo federal no combate à pandemia de covid-19 no país. Os trabalhos estão previstos para encerrarem até o fim de setembro. Agentes da Anvisa entraram no gramado da Neo Química Arena e interromperam o jogo entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias. O intuito foi impedir que os quatro jogadores argentinos que vieram da Inglaterra e não cumpriram quarentena disputassem o confronto de hoje contra a seleção brasileira.

O presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres pediu a deportação dos quatro jogadores por mentiram na declaração de viajantes. Segundo ele, os jogadores omitiram que havia passado pela Inglaterra e não fizeram a quarentena obrigatória.

O senador disse que, por enquanto, a CPI quer apenas informações sobre quem foram as autoridades que permitiram a entrada. Caso não receba essas informações, a CPI analisará a possibilidade de convocar alguém da CBF ou Anvisa. Questionado se caberia no calendário apertado da CPI mais convocações, o senador disse que “a comissão não pode se omitir visto que há um flagrante descumprimento das normas sanitárias brasileiras.”.

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