Copa do Catar: Jornalista é barrado em estádio por usar camisa com a bandeira LGBTQ

O jornalista norte-americano Grant Wahl, que está acompanhando a Copa do Mundo 2022, realizada no Catar, disse, nesta segunda-feira (21), que foi proibido de entrar num estádio de futebol por estar vestindo uma camisa com um arco-íris estampado. A imagem, reconhecida como a bandeira da comunidade LGBT, teria sido identificada pelos seguranças como um “ato político”, já que relações entre pessoas do mesmo sexo no país são ilegais. Após a polêmica, o profissional postou a história no Twitter sendo, em seguida, respondido por um catariano que se disse “orgulhoso” do que aconteceu.

Grant havia escrito: “Agora mesmo: Segurança recusando-se a me deixar entrar no estádio para EUA-País de Gales. ‘Você tem que trocar de camisa. Não é permitido’”, e, em resposta, o catariano identificado na rede social como ‘Binnahar’ disse: “Como catariano, estou orgulhoso do que aconteceu. Não sei quando os ocidentais perceberão que seus valores não são universais. Existem outras culturas com valores diferentes que devem ser igualmente respeitados. Não esqueçamos que o Ocidente não é o porta-voz da humanidade.”

Logo assunto se espalhou pela internet, viralizou e se tornou um dos assuntos mais comentados do mundo. A mensagem do catariano, por exemplo, já ultrapassa as 485 mil reações, mais de 110 mil repostagens e 25 mil comentários. Enquanto o tuíte do jornalista possui mais de 150 mil reações, 39 mil repostagens e 39 mil comentários.

Ainda em relação á abordagem de Grant, em seu site pessoal ele relatou que esteve “detido” durante 25 minutos, enquanto os seguranças do Ahmed bin Ali Stadium, em Al Rayyan, exigiam que ele retirasse a peça de roupa antes de entrar para cobrir jogo desta segunda-feira (21) entre Estados Unidos e País de Gales.

Além do pedido para trocar de roupa, Wahl afirmou que seu celular foi tirado de sua posse após ele publicar a foto da camiseta no Twitter, que rendeu a resposta do Catariano minutos mais tarde. Por fim, a explicação dada ao jornalista foi a de que torcedores poderiam machucá-lo por usar aquela camiseta. Além disso, um membro da FIFA e um outro comandante de segurança também teriam se desculpado com Grant.