O conselheiro, Henrique Ávila, do Conselho Nacional de Justiça, entrou com uma representação a fim de que a corregedoria do órgão analise a conduta do juiz e do membro do Ministério Público que atuaram no caso do estupro da influencer Mariana Ferrer.
De acordo com matéria publicada pela CNN Brasil, “o Ministério Público pediu a absolvição do empresário André de Camargo Aranha da acusação de estupro de vulnerável com base no argumento de que não há provas de que ele sabia que a influenciadora não estava em condições de resistir. Isso, na visão dos promotores, afastaria o dolo ou a intenção de cometer o crime”.
O conselheiro escreveu que: “Em virtude da gravidade dos fatos veiculados pela imprensa, venho à presença de Vossa Excelência requerer a imediata abertura de Reclamação Disciplinar para a imediata e completa apuração da conduta do Juiz de Direito Rudson Marcos, do TJSC, na condução do processo criminal movido pelo MPSC contra André de Camargo Aranha pela imputação de suposto crime de estupro de vulnerável em que consta como vítima Mariana Ferrer”.
Em trecho da representação, Ávila citou partes do vídeo da audiência em que descreveu como:
“As chocantes imagens do vídeo mostram o que equivale a uma sessão de tortura psicológica no curso de uma solenidade processual. A vítima, em seu depoimento, é atacada verbalmente por Cláudio Gastão da Rosa Filho, advogado do réu. Fotos da vítima são classificadas como ‘ginecológicas’; seu choro, como ‘dissimulado, falso’; sua exasperação, como ‘lágrima de crocodilo’. Afirma o advogado que não deseja ter uma filha ou que seu filho se relacione com alguém do ‘nível’ da vítima e que o ‘ganha-pão’ da vítima é a ‘desgraça dos outros'”.
O caso está sendo comentado por usuários das redes sociais. As publicações são as mais indignadas e repulsivas quanto à conduta do juiz e outros envolvidos no caso.
Com informações de MBL e CNN