Caso Kimberly: irmão de miss assassinada pede R$ 70 mil de indenização na Justiça

Da redação

MANAUS – Kimberly Mota, miss Manicoré 2019, foi assassinada em maio de 2020, por Rafael Fernandez, condenado pelo crime em outubro de 2021. O irmão da jovem, Willian Mota, pede na Justiça do Amazonas uma indenização no valor de R$ 70 mil do assassino da irmã. Mota, que tem 18 anos, alega ter direito à indenização em razão do dano sofrido com a morte de Kimberly.

Além do assassinato de Kimberly, Willian Mota cita a morte da mãe, Neylla Pinheiro Mota, que fazia tratamento contra um câncer e, conforme o rapaz, teve que enfrentar a dor da perda da filha por mais de um ano. Neylla faleceu no mesmo dia que Rafael foi condenado. Para Mota, Rafael deve o indenizar “por todos os males” que o causou.

“Não há nada que retire a dor experimentada pelo requerente em razão do homicídio de sua irmã e a perda de sua mãe, no entanto a condenação do requerido lhe traz certo conforto, por saber que justiça está sendo feita, mas é preciso ainda que ele o indenize por todos os males sofridos, o que se pretende através da presente demanda”, diz trecho da ação.

Em julgamento pelo Júri Popular realizado em outubro do ano passado, Rafael foi condenado a 14 anos de prisão como incurso nos crimes previstos no art. 121, § 2.º, I (motivo torpe), IV (recurso que tornou impossível a defesa da ofendida) e VI (contra a mulher por razões da condição de sexo feminino/feminicídio) do Código Penal Brasileiro.

A mãe de Kimberly, Neylla Mota, que fazia tratamento contra um câncer, faleceu horas após o júri condenar Rafael. Ela estava internada no HUGV (Hospital Universitário Getúlio Vargas), mas colaborou com as investigações sobre o caso da filha, prestando depoimento na sessão de julgamento através de videoconferência.