Caso Henry: Monique conta outras versões: remédios diluídos, agressões e coação

Um nova versão sobre o assassinato de Henry Borel, 4 anos, foi apresentada à polícia pelos advogados de Monique Medeiros, a mãe do menino, presa por suspeita de participação no crime. Para eles, a dinâmica da morte da criança ainda não foi relatada, o que seria, dificulta a denúncia do crime ser concretizada.

Monique afirmou aos advogados que tomou, sem conhecimento, remédios diluídos e que foi coagida ainda no hospital ao contar outra versão. A mãe de Borel também relatou sofrer uma rotina de agressões por parte de Jairinho. A versão sustentada pelos advogados agora é que ela acreditava, até ser presa, que a morte do filho tinha sido um acidente. E, só quando soube do histórico de agressões de Jairinho a outras mulheres e seus filhos, percebeu que havia sido enganada.

Segundo a nova versão dita pelos advogados aos investigadores, Monique suspeita que Jairinho diluísse remédios na água, sem ela ter conhecimento, para ela adormecer. Ela teria constatado isso após saber do relato de uma de ex-amante do parlamentar, que contou um episódio semelhante. A ex-amante disse que Jairinho lhe deu um remédio, mas ela não o engoliu e fingiu dormir. Ao levantar da cama, relatou ter visto Jairinho segurando os braços de sua filha, que dormia em um sofá. A criança, agora, afirma que ele a agredia constantemente.

Vários ponto destoam da primeira versão contada por Monique. Dessa vez, ela relatou que o vereador a coagiu no próprio hospital, quando, após ela ligar para a mãe e relatar o que havia ocorrido com Henry, ele tomou o celular de sua mão e apagou todas as chamadas que ela havia feito do telefone e dito que “ele cuidaria de tudo”.

Além disso, a forma como ela encontrou o filho também foi diferente, agora, ela diz que levantou e encontrou a criança caída no chão e Jairinho ao lado dele.

Monique também resolveu confessar que vivia uma rotina de agressões de Jairinho, e somente se sentiu à vontade para contar esses detalhes da convivência dos dois após ele ser preso.

A defesa de Jairo de Souza não foi encontrada.