Brasil soma mais 770 mortos e ultrapassa os 179 mil óbitos

O Ministério da Saúde divulgou hoje o registro de 770 mortes devido à covid-19 nas últimas 24 horas, levando o país a totalizar 179.765 óbitos desde o início da pandemia.

De acordo com o último boletim epidemiológico, o Brasil somou ainda 53.347 novos casos de infecção nas últimas 24 horas, concentrando 6.781.799 pessoas diagnosticadas.

Hoje é o terceiro dia consecutivo em que o país ultrapassa as 50 mil infecções diárias, momento em que a taxa de incidência da covid-19 está em 85,5 mortes e 3.227 casos por cada 100 mil habitantes.

São Paulo mantém-se como o foco da pandemia no país, concentrando 1.316.371 casos positivos, sendo seguido por Minas Gerais (453.364), Bahia (436.662) e Rio de Janeiro (381.644).

Já as unidades federativas com mais mortes são São Paulo, (43.661), Rio de Janeiro (23.546), Minas Gerais (10.499) e Ceará (9.768).

No total, 5.931.777 pacientes já se recuperaram da doença causada pelo novo coronavírus, sendo que 670.257 infectados permanecem sob acompanhamento médico.

O Presidente Jair Bolsonarodisse hoje que a pandemia de covid-19 no país está terminando, embora o país registre um aumento de casos e de mortes provocadas pela doença nas últimas semanas.

“Me permita falar um pouco do Governo, que ainda estamos vivendo o finalzinho de pandemia. O nosso Governo, levando-se em conta outros países do mundo, foi aquele que melhor se saiu, ou um dos que melhores se saíram na pandemia”, disse Bolsonaro, durante um discurso em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

A declaração foi feita num momento em que 22 das 27 unidades da federação enfrentam uma subida nas mortes por covid-19 e infecções provocadas pelo novo coronavírus.

Na quarta-feira, a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, pediu ao Governo brasileiro que dê o exemplo à população no combate à pandemia.

“Espero que as lideranças do Brasil sirvam de exemplo para o povo (…) Em qualquer país do mundo onde as lideranças negam a existência da covid-19, o efeito tem sido devastador. Isso já aconteceu em muitos países, não apenas no Brasil”, disse Bachelet.

Além disso, o Brasil, que era uma referência global em vacinação em massa graças a programas bem-sucedidos de imunização gratuita realizados pelo Sistema Único de Saúde nas últimas décadas, ainda não tem um plano de vacinação contra a covid-19.

O aumento dos casos de infecção tem se refletido na taxa de ocupação de camas em hospitais, quer públicos, quer privados.

A taxa de ocupação na rede privada da cidade do Rio de Janeiro, uma das mais afetadas no país, está em 98%, de acordo com o diretor da Associação de Hospitais Privados do Estado, Graccho Alvim, citado pelo jornal O Globo.

A percentagem é a mesmo da semana passada, apesar de terem sido abertos pelos menos 50 novas vagas de camas na rede privada.

“É preocupante. O atendimento de urgência não foi maior do que na semana passada, mas vimos uma gravidade maior de quadros que apareceram para atendimento. Algumas unidades já estão encaminhando pacientes para Niterói e outras cidades”, disse Graccho.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.570.398 mortos resultantes de mais de 68,8 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.