Esporte – A Seleção Brasileira feminina de futebol perdeu, neste sábado (10), a decisão da medalha de ouro para os Estados Unidos, nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, por 1 a 0. Atuando no Parque dos Príncipes, a equipe do técnico Arthur Elias teve grandes oportunidades para sair de campo com o título, mas desperdiçou uma série de lances claros de gol e viu as norte-americanas anotarem uma única vez para subir no lugar mais alto do pódio.
É a terceira vez que o Brasil perde para os Estados Unidos em uma final olímpica. O mesmo panorama foi visto em Atenas 2004 e Pequim 2008. A partida na capital francesa também pode ter colocado um ponto final da carreira de Marta junto à Seleção Brasileira e em torneios olímpicos. A maior estrela do País na modalidade está com 38 anos.
Logo no primeiro minuto de jogo, Ludmila desperdiçou uma grande chance brasileira ao ficar frente a frente com a goleira dos EUA. Pouco tempo depois, foi a vez de Jheniffer perder o tempo da bola e furar em lance claro na área.
Os Estados Unidos passaram a ficar mais com a bola e deixaram o Brasil preso ao campo de defesa, tentando explorar algum contragolpe.
Aos 15 minutos, Ludmila tramou jogada pela esquerda, invadiu a área e marcou, mas a arbitragem assinalou impedimento no momento do passe em profundidade para a atacante brasileira e anulou o gol. A Seleção Brasileira criava os lances mais perigosos, especialmente quando apostava nos duelos mano a mano pelas laterais. A arbitragem foi tema de recorrentes reclamações por decisões favoráveis às norte-americanas ao longo da etapa inicial. Vaias ecoaram pelo estádio do Paris Saint-Germain.
Depois da parada técnica para hidratação das atletas, o jogo ficou mais morno, o que ajudou as norte-americanas. A Seleção Brasileira valorizava as jogadas mais agudas e verticais, ou seja, aqueles lances que contam com mais velocidade e em direção ao gol. Já nos acréscimos, Gabi Portilho teve ótima oportunidade que parou na goleira Naeher.
No início da segunda parte, a Seleção Brasileira mudou um pouco seu estilo, preferindo ficar mais tempo com a posse de bola e articulando de forma mais paciente as jogadas. Essa alteração prejudicou a fluidez do jogo brasileiro.
Não demorou para a consequência bater à porta, com os EUA usando a principal arma do Brasil durante o primeiro tempo. Swanson arrancou em velocidade pela esquerda, invadiu a área e marcou o gol para os Estados Unidos, aos 11 minutos.
Com o placar adverso, Arthur Elias promoveu alterações. Marta entrou em campo, e Ludmila, que fora a melhor atleta na final, deixou o gramado. A ansiedade contribuiu para o desequilíbrio entre defesa e ataque do Brasil. Os Estados Unidos ficaram próximos de ampliar o placar.
Problemas físicos foram sentidos pelas atletas brasileiras, casos de Vitória Yaya e Tarciane. No restante do duelo, o Brasil persistiu na luta pelo gol de empate, sem sucesso, ficando amarrado pela estratégia conservadora montada pelos EUA.
Fonte: Pleno News