Bolsonaro concede a si mesmo a Medalha do Mérito Científico

Da redação

Conforme consta no decreto publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 4, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) incluiu a si mesmo na Ordem Nacional do Mérito Científico. Além disso, o chefe do Executivo Federal também concedeu a honraria a quatro de seus ministros.

A finalidade dessa ordem honorífica é premiar personalidades nacionais e estrangeiras que fizeram contribuições relevantes para a ciência e a tecnologia.

Seguindo as regras de um decreto de 1992 que criou essa ordem, Bolsonaro se nomeou “Grão-Mestre”, o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, como “Chanceler”; e os ministros das Relações Exteriores, Carlos França, da Economia, Paulo Guedes, e da Educação, Milton Ribeiro, como membros do “Conselho da Ordem Nacional do Mérito Científico”.

O decreto define as autoridades que fazem parte dessa espécie de diretoria da ordem. Essa questão burocrática une nesse colegiado dois ministros de Bolsonaro que não têm se entendido. Após o Ministério da Economia, comandado por Guedes, ter cortado do Ministério da Ciência e Tecnologia uma previsão orçamentária de R$ 690 milhões no início de outubro, o ministro astronauta, Marcos Pontes, reclamou publicamente e acabou sendo chamado de burro pelo colega de Esplanada.