
O Corinthians teve suas contas bloqueadas por decisão judicial, após uma ação movida pelo empresário André Cury, que acusa o clube de “conduta fraudulenta” ao citar contratos irregulares. Esse processo resultou no atraso dos salários de janeiro dos jogadores. A expectativa é que o acesso à movimentação financeira seja normalizado ainda nesta sexta-feira.
Cury, terceiro maior credor do clube com uma dívida de R$ 28,8 milhões, recorreu à Justiça Federal após o Corinthians mencionar contratos que não estariam cobertos pelo Regime Centralizado de Execuções (RCE). No entanto, a equipe jurídica do clube acredita que está protegida por esse regime, que suspende os bloqueios judiciais por 60 dias, conforme uma decisão liminar obtida em dezembro.
Além de Cury, o Corinthians enfrenta ações de outros empresários, como Giuliano Bertolucci, que cobra R$ 78 milhões. Somando as pendências com Cury, Bertolucci e Carlos Leite, o clube deve cerca de R$ 170 milhões aos agentes. Em novembro, o Corinthians protocolou um pedido para aderir ao RCE, que envolve dívidas de R$ 379 milhões com ex-jogadores e clubes.
O clube possui uma dívida total de aproximadamente R$ 2,3 bilhões, com destaque para os R$ 710 milhões devidos à Caixa Econômica pela construção da Neo Química Arena.