Completa 80 dias sem previsão de julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal), o foro especial inédito, concedido ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), pelo TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro).
O ministro Gilmar Mendes, relator do processo, informou que levará a discussão para a Segunda Turma do Supremo, mas que ainda não tem data para a análise do caso.
Enquanto isso, a defesa do senador trabalha para convencer integrantes da corte a rever a jurisprudência de restrição do foro, e o presidente Jair Bolsonaro mantém relação próxima e evita brigas com Gilmar.
Toda essa celeridade além de beneficiar Flávio, pode apontar que há uma articulação para construir uma maioria em favor de Flávio.
O filho do presidente Bolsonaro é investigado pela suspeita de ter liderado uma associação criminosa para desviar parte dos salários dos servidores de seu gabinete como deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, prática conhecida como “rachadinha”.
A dificuldade do STF sobre a situação judicial de Flávio gira em torno do que é chamado de “mandatos cruzados”, que discute casos em que políticos trocam de função, mas se mantêm em um cargo com a prerrogativa de foro.