Uma mulher em trabalho de parto deu à luz, na tarde desta terça-feira (9), dentro de uma ambulancha, embarcação utilizada para o serviço de assistência às comunidades ribeirinhas do Amazonas, que corresponde ao Serviço Fluvial de Atendimento de Urgência e Emergência (Samu 192 Fluvial).
Chovia muito no momento em que a parturiente estava em atendimento, por volta das 14h, segundo os profissionais de enfermagem. A paciente, Jaine da Silva Guedes, tem 19 anos, e é natural de uma comunidade à margem esquerda do rio Negro, Nova Canaã.
Ela, a paciente, recebeu os primeiros atendimentos na ambulancha e foi transferida, após o parto, para a maternidade Dr. Moura Tapajóz. A mãe e o bebê passam bem e devem receber alta amanhã, quinta-feira (11).
“Minha intenção era ter meu primeiro bebê em Novo Airão, que fica mais perto da minha comunidade, mas quando fui atendida na Unidade Básica de Saúde já estava com quatro centímetros de dilatação. Por conta do temporal e das difíceis condições para o deslocamento, a médica sugeriu que chamássemos o Samu”, disse a mulher que se identificou como Jaine, feliz com a chegada do filho de maneira inusitada.
Apesar das condições do tempo, deu tudo certo durante o parto. Inclusive os exames pré- natal havia sido realizado pela equipe de Saúde Fluvial da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).
O menino nasceu com 39 semanas, 2,75 kg e 47 centímetros. A mãe revelou que devido as circunstâncias do parto, o menino que seria Carlos Gabriel virou Carlos Samuel, e que era uma maneira de homenagear a equipe do Samu.
A referida equipe do Samu Fluvial atua no rio Negro, cobrindo as comunidades de Nossa Senhora de Fátima, Livramento, Ebenézer, Julião, São Sebastião, Agrovila, Tupé, Paricatuba, Arara, Jaraqui, Baixote, Santa Maria, Cueiras, Mipindiaú, Aruaú, Cacau-Pirêra e Porto do Brito. Na Calha do Rio Amazonas (Solimões) situam-se as comunidades da Ceasa, Jatuarana, Guajará, Bonsucesso, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Nossa Senhora do Carmo e Lago do Arumã.
As equipes do Samu Fluvial trabalham em regime de plantão, 24 horas por dia, os sete dias da semana, têm conhecimento sobre as comunidades e suas áreas de difícil acesso, e estabeleceram parceria com os comunitários para executarem os atendimentos necessários.
