Após gastar R$ 78 mil em viaja com dinheiro do contribuinte e ser criticado, Frias diz: “Devolver o quê?”

Irritado com críticas, o secretário especial da Cultura, Mario Frias, afirmou que não vai devolver o valor excessivo que gastou durante uma viagem que fez para Nova York, nos Estados Unidos, em dezembro do ano passado. O período de cinco dias em que Frias ficou na cidade custou R$ 39 mil aos cofres públicos. Ele foi para o país acompanhado de seu secretário-adjunto, Hélio Ferraz de Oliveira, que gastou outros R$ 39 mil. Ao todo, a viagem dos dois saiu por cerca de R$ 78 mil.

Nesta sexta-feira (18/2), em entrevista à Jovem Pan, o secretário afirmou que todos os gastos foram aprovados pelo Ministério do Turismo e que o valor não é excessivo. Questionado mais uma vez sobre o dinheiro e se teria a intenção de ressarcir o governo, ele rebateu. “Devolver o quê, garoto? Eu tô trabalhando. Eu fui numa comitiva oficial. Custos têm que ser cobridos (sic)”, disse.

A viagem foi pedida em caráter de urgência (menos de 15 dias de antecedência) com passagens de ida e volta ao custo de R$ 26 mil para cada um dos servidores, segundo o Portal da Transparência.

“Estávamos desenvolvendo a IN [instrução normativa relacionada à Lei Rouanet], o objetivo [da viagem] foi conversar com o mercado da Broadway, porque é um mercado que se autossustenta”, disse o secretário em uma live na semana passada. “Fomos com o mínimo, eu e Hélio ficamos no mesmo quarto, num hotel normal, preço normal”, alegou.

Mario Frias e Hélio Ferraz tiveram apenas três reuniões em Nova York nos cinco dias que tiveram na cidade: uma com Bruno Garcia, empresário que se apresenta como especialista em Nova York; outra com a estrela mundial do jiu-jítsu Renzo Gracie; e a terceira com os produtores Marc Routh e Simone Genatt, que levam espetáculos da Broadway para excursionar por países da Ásia. Correio Braziliense.

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