Ministério Público tenta impedir pagamento de R$ 700 mil por show de Safadão no interior do AM

Da Redação 

Na última quinta-feira, 30, o Ministério Público do Amazonas (MPAM) entrou com uma Ação Civil Pública (ACP) pela Promotoria de Justiça de Tabatinga para suspender a apresentação do show do cantor Wesley Safadão, que ocorreria no município.

Segundo a Ação Civil Pública (ACP), os promotores André Epifanio Martins e Fábia Melo Barbosa de Oliveira classificaram como “elevado” o valor do cachê de R$ 700 mil que seria pago pelo município ao artista.

O prefeito da cidade, Saul Nunes Bemerguy (MDB) prometeu um show do cantor no VIII Festisol 2022, que seria nos dias 25 a 28 de agosto. Essa não é a primeira vez que o cantor tem um show cancelado por conta de pagamento de cachê.

Em abril, Wesley teve um show suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça, onde receberia R$ 500 mil de um município do interior do Maranhão.

Segundo a ação dos promotores, o município de Tabatinga enfrenta precariedades, além de ser a primeira vez que um artista nacional recebe um valor ‘tão alto’ para realizar um show no município.

“A população de Tabatinga enfrenta precariedade, principalmente, no campo da infraestrutura e saúde. É a primeira vez que um show no município demanda um valor tão alto e, em caso de descumprimento, o contratado deverá devolver os valores pagos com dinheiro público e a multa de 50% no valor contratado”, explicou o Promotor de Justiça André Epifanio.

Ainda segundo a ação, a Prefeitura de Tabatinga informou que o show seria pago em convênio com o Governo do Estado, no entanto, o convênio não chegou a ser anexado e também não foi apresentada justificativa para o valor de R$ 700 mil. Além disso, foi solicitado que o município se abstenha de efetuar qualquer pagamento com recursos públicos relacionados ao show.