Reino Unido identifica dois casos de covid-19 com nova variante detectada na África do Sul

Ambos os pacientes tiveram contato com pessoas que viajaram nas últimas semanas para a África do Sul, onde a nova cepa tem sido apontada como causa para um número recorde de hospitalizações, inclusive entre pessoas mais jovens e sem comorbidades.

O governo britânico impôs restrições para viagens ao país e instruiu a todos que tenham passado pela África do Sul nas últimas duas semanas, bem como aqueles que eventualmente tenham tido contato com essas pessoas, que entrem em quarentena imediatamente.

“Estamos extremamente gratos ao governo sul-africano pelo rigor de sua ciência e pela abertura e transparência com que agiram, de forma correta, como o fizemos quando descobrimos uma nova variante aqui”, disse Hancock.

As duas variantes recentemente identificadas — uma encontrada primeiramente no Reino Unido e a cepa sul-africana — compartilham algumas semelhanças, mas evoluíram separadamente.

Ambas têm uma mutação — chamada N501Y — localizada em uma parte crucial do vírus, usada para infectar as células do corpo humano.

A epidemiologista Susan Hopkins, da Public Health England (PHE), agência ligada ao Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido, disse que “as duas variantes parecem mais transmissíveis”, mas ressaltou que “ainda estão aprendendo” sobre a cepa “importada” da África do Sul.

Ela declarou estar “bastante confiante” de que as regras de quarentena e as restrições a viagens controlarão a disseminação da nova mutação.

Cientistas da África do Sul dizem que a cepa, que tem marcado a segunda onda da pandemia no país, “se espalhou rapidamente” e se tornou a forma dominante do vírus em algumas partes do país.