Nesta quinta-feira (17/2), a crise na Ucrânia voltou a se agravar. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que “toda indicação é de que eles (russos) estão preparados para entrar na Ucrânia”, ao comentar a presença militar da Rússia na fronteira do país vizinho. Ele considerou que o risco de uma ameaça russa é “muito alto”.
Os Estados Unidos afirmaram ainda que a Rússia está prestes a desencadear um ataque militar na Ucrânia A afirmativa contesta a alegação de Vladimir Putin, feita na última terça-feira (15/2), de que está retirando as forças russas concentradas por vários meses nas fronteiras ucranianas.
Enquanto isso, um jardim de infância ucraniano foi bombardeado no Leste da Ucrânia, em uma região ocupada por separatistas pró-Rússia, fazendo a crise na região se agravar. Segundo a OTAN e os EUA, esses ataques seriam pretexto para Rússia invadir a Ucrânia.
O secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, classificou o cenário como “preocupante”. “Já dissemos que os russos poderiam fazer algo como isso (bombardeio) para justificar um conflito militar. Então vamos observar isso de muito perto”, disse Austin após uma reunião em Bruxelas com os ministros da Defesa da Otan.
Com esses acontecimentos, a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield disse que, apesar do anúncio de retirada de tropas, a Rússia se dirige para uma “invasão iminente” da Ucrânia. “Quero sinalizar nosso intenso compromisso com a diplomacia, oferecer e enfatizar o caminho para a desescalada e deixar claro ao mundo que estamos fazendo tudo, tudo, que podemos para evitar uma guerra”, garantiu Greenfield.
Expulsão
A Rússia “expulsou” o vice-embaixador dos Estados Unidos em Moscou, Bart Gorman. O Departamento de Estado Americano informou sobre a expulsão e considerou a atitude uma “escalada” na crise na Ucrânia, que pode dificultar as soluções diplomáticas para a crise nas fronteiras ucranianas.
“Pedimos à Rússia que acabe com as expulsões infundadas de diplomatas americanos”, disse um porta-voz do Departamento de Estado à AFP. “Estamos estudando nossa resposta”, completou, dizendo que a ação contra o diplomata “não foi provocada”.
“Agora, mais do que nunca, é crucial que nossos países tenham o pessoal diplomático necessário para facilitar a comunicação entre nossos governos”, concluiu. Correio Braziliense.
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