O recém-nascido que havia sido dado como morto ao nascer na última sexta-feira (24) na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco (AC), mas que depois foi retirado do próprio velório aos familiares detectarem sinais de vida, morreu na noite deste domingo (26). A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), que divulgou nota oficial sobre o caso nesta segunda (27).
Segundo o comunicado, a causa da morte do bebê foi choque séptico e sepse neonatal. A criança, que nasceu prematura de cinco meses de gestação, foi internada em uma UTI após os familiares detectarem sinais vitais no último sábado (25), já nos procedimentos para sepultamento. Segundo a Sesacre, “todos os esforços possíveis foram realizados para garantir o melhor cuidado e suporte” durante a internação.
Ainda segundo a nota, a transferência para outra unidade não chegou a ser cogitada devido à prematuridade e o alto risco de agravamento do quadro, com o bebê pesando pouco mais de 500 gramas. A Secretaria informou também que o caso segue sendo rigorosamente apurado e que a equipe médica responsável pelo primeiro atendimento foi afastada para garantir transparência na investigação.
– Neste momento de imensa dor, expressamos nossa solidariedade e respeito à mãe, ao pai e a todos os familiares, desejando que encontrem conforto e acolhimento diante dessa perda irreparável – diz um trecho da nota assinada por Simone da Silva Prado, diretora-geral da unidade, e pelo secretário estadual de Saúde, Pedro Pascoal Duarte Pinheiro Zambon.
O episódio gerou forte comoção não só no Acre, mas em todo o país. O Ministério Público acreano e o Conselho Regional de Medicina (CRM-AC) abriram investigações para apurar se houve negligência ou falha nos procedimentos adotados pela equipe que constatou inicialmente a morte do bebê. O governo do Acre também determinou uma investigação minuciosa dos fatos.
