Oito milicianos armados e encapuzados invadiram o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta-feira (18), em busca de um paciente apontado pela polícia como testemunha de crimes.
As primeiras apurações indicam que o paciente, Lucas Fernandes, teria testemunhado crimes. No momento da invasão, ele já havia sido operado após ser atingido por nove tiros e estava na enfermaria. Ninguém ficou ferido durante a ação, e a localização dos criminosos ainda é desconhecida.
A ação, que aconteceu por volta das 2h30, causou pânico na unidade. Um dos criminosos estava usando um uniforme da Delegacia de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco), o que indica uma possível tentativa de se disfarçar para ter acesso facilitado. Eles se dirigiram ao centro cirúrgico em busca do homem, que era vítima de nove tiros, mas não o encontraram, pois ele estava em outro setor do hospital.
A polícia informou que a residência do paciente foi destruída por milicianos e as primeiras investigações apontam que ele seria uma testemunha de crimes. Felizmente, ninguém ficou ferido durante a invasão do hospital.
“É uma situação que está acontecendo cada vez mais, de forma mais frequente. Este ano, tivemos que suspender o funcionamento de unidades 516 vezes por motivos de segurança, por invasão ou por risco. O número só aumentou nos últimos anos e não há respeito em relação às unidades de saúde. A polícia vem perdendo território cada vez mais e os prejuízos para operações aumentam a cada dia”, disse o secretário à imprensa local.
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