Setor bancário puxa Ibovespa para baixo após decisão de Flávio Dino sobre restrições externas

O Ibovespa caiu forte nesta terça-feira (19), recuando 2,09% e alcançando 134.457 pontos por volta das 15h20. No mesmo horário, o dólar avançava 1,04%, sendo negociado a R$ 5,49. A reação dos mercados veio após decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu empresas e instituições em operação no Brasil de adotarem restrições motivadas por “atos unilaterais estrangeiros”.

Segundo Dino, medidas como bloqueio de ativos e cancelamento de contratos só poderão ocorrer com autorização expressa do STF. Investidores avaliam que a decisão pode impactar a aplicação da chamada Lei Global Magnitsky, utilizada pelos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes.

A bolsa sentiu especialmente o setor bancário, que registrou quedas generalizadas, puxando o Ibovespa para baixo. Entre os maiores recuos estiveram Banco do Brasil (-5,79%), Santander (-3,48%), Bradesco (-3,43%), BTG (-3,68%) e Itaú (-3,66%). Como os bancos têm peso relevante no índice, a pressão sobre a bolsa foi ampliada.

No cenário internacional, os investidores seguem de olho na reunião do presidente dos EUA, Donald Trump, com o líder ucraniano Volodymyr Zelensky e aliados europeus, na Casa Branca. Trump indicou a intenção de organizar um encontro trilateral com Zelensky e o presidente russo Vladimir Putin, ainda sem data ou local definidos.