
A Caderneta de Poupança teve um saldo líquido negativo de R$ 6,3 bilhões em julho deste ano, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (8). Esse é o maior volume de saques em relação a depósitos registrado para o mês de julho desde 2022, quando a saída líquida foi de R$ 12,7 bilhões.
O resultado é fruto de depósitos que somaram R$ 363,6 bilhões contra saques que totalizaram R$ 369,8 bilhões no período. Apesar do saldo negativo em julho, o valor é inferior ao registrado no ano passado, quando a saída líquida acumulada chegou a R$ 87,8 bilhões — a segunda maior desde o início da série histórica em 1995.
Em 2025, a poupança acumula uma saída líquida de R$ 55,9 bilhões até julho, valor bastante superior ao do mesmo período de 2024, quando a retirada líquida havia sido de R$ 2,8 bilhões. O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que inclui a caderneta tradicional, também registrou saída líquida de R$ 5,3 bilhões em julho, enquanto a poupança rural teve resgate de quase R$ 1 bilhão no mês.
Ao longo do ano, a maior concentração de saques ocorreu em janeiro, com R$ 26,2 bilhões retirados, enquanto junho foi o único mês com captação líquida positiva expressiva, de R$ 2,1 bilhões. Em maio também houve leve entrada líquida, de R$ 336,9 milhões.
O estoque total investido na poupança permanece acima de R$ 1 trilhão pelo 14º mês consecutivo, fechando julho em R$ 1,02 trilhão, levemente acima dos R$ 1,019 trilhão registrados em junho. Em 2024, o estoque oscilava em torno de R$ 1,03 trilhão.
Apesar das retiradas, a rentabilidade da poupança em julho foi de 0,68%, superior à prévia da inflação medida pelo IPCA-15, que ficou em 0,33% no mês, o que reforça a atratividade do investimento para alguns poupadores.
Resumo do desempenho mensal da poupança em 2025:
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Janeiro: saída líquida de R$ 26,2 bilhões
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Fevereiro: saída líquida de R$ 8 bilhões
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Março: saída líquida de R$ 11,5 bilhões
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Abril: saída líquida de R$ 6,4 bilhões
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Maio: entrada líquida de R$ 336,9 milhões
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Junho: entrada líquida de R$ 2,1 bilhões
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Julho: saída líquida de R$ 6,2 bilhões