O presidente dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira a intenção de impor tarifas de até 100% sobre produtos russos, desde que um acordo de cessar-fogo seja firmado na Ucrânia dentro de 50 dias. As medidas, chamadas por ele de “tarifas secundárias”, visam pressionar economicamente a Rússia e seus parceiros comerciais.
Além disso, o governo americano planeja aplicar sanções severas e taxas de 100% a países que continuem importando petróleo russo, numa tentativa de isolar ainda mais Moscou no cenário internacional.
Durante encontro com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o presidente expressou sua frustração com o andamento das negociações com a Rússia, afirmando já ter acreditado várias vezes que um acordo estava próximo, mas que os ataques continuam. Ele lamentou a morte de civis em Kiev, enfatizando que “isso precisa parar”.
Paralelamente, o Congresso dos EUA avalia um projeto que prevê tarifas ainda mais elevadas, de até 500%, para países que mantiverem a importação de energia russa, incluindo petróleo, gás e urânio. Apesar disso, o presidente afirmou que 100% seria suficiente e que a proposta já conta com amplo apoio no Legislativo, que deve aprovar as medidas rapidamente.
Além das sanções econômicas, foi anunciado o envio de armas avançadas para a Otan, incluindo baterias do sistema Patriot, com os custos sendo arcados pelos próprios países da aliança.
Essas ações fazem parte da estratégia norte-americana para pressionar a Rússia a encerrar o conflito na Ucrânia e fortalecer a cooperação internacional contra Moscou.
