Resgate de brasileira no vulcão Rinjani é dificultado por terreno perigoso e falta de estrutura

O resgate da brasileira Juliana Marins, que sofreu uma queda no vulcão Rinjani, na Indonésia, tem enfrentado obstáculos severos que dificultam sua localização e retirada em segurança. As equipes de busca lidam com um conjunto de fatores climáticos, geográficos e logísticos que tornam a operação extremamente delicada.

A área onde ocorreu o acidente é de difícil acesso, com neblina constante, terreno íngreme e pedras escorregadias por conta do sereno. Segundo familiares, essas condições não apenas provocaram a queda de Juliana, como também continuam impedindo a aproximação das equipes de resgate.

As principais dificuldades enfrentadas pela operação:

Terreno acidentado e risco constante:
Juliana escorregou cerca de 300 metros abaixo da trilha principal. O local é extremamente íngreme, o que inviabiliza o acesso convencional. Equipes de resgate não conseguem descer com segurança, aumentando o tempo de resposta e o risco para todos envolvidos.

Neblina intensa e condições climáticas instáveis:
A região apresenta forte neblina, o que limita a visibilidade e dificulta a identificação visual da vítima. Além disso, o sereno torna as rochas ainda mais lisas, elevando o risco de novos acidentes. As buscas chegaram a ser suspensas devido ao mau tempo e, mesmo com a retomada parcial no domingo, a instabilidade climática segue sendo um desafio constante.

Falta de equipamentos adequados:
A irmã da vítima, Mariana Marins, negou que Juliana tenha sido alcançada em algum momento e revelou que as cordas utilizadas pelas equipes eram curtas demais para chegar até onde ela se encontra. Além disso, o uso de helicóptero — apontado pela família como última esperança — não foi disponibilizado até o momento, o que levanta questionamentos sobre a estrutura da operação de resgate.

Estado físico de Juliana e sua localização indefinida:
Após a queda, Juliana estava consciente, mas sem conseguir se levantar, movendo apenas os braços e olhando para cima. No entanto, sua localização exata permanece incerta. Um vídeo feito na noite anterior ao início das buscas mostrava sua última posição visível, mas, segundo a família, ela escorregou ainda mais devido à neblina, o que tornou as informações desatualizadas e aumentou a complexidade da busca.