Atividade solar intensa volta a ameaçar sistemas de rádio e satélites na Terra

Uma mancha solar chamada AR4087 está se movendo com a rotação do Sol e ficará voltada diretamente para a Terra nesta semana, elevando o risco de novas erupções solares atingirem o planeta. Essa mesma região foi responsável pela poderosa explosão solar de classe X registrada em 14 de maio, que causou apagões de sinais de rádio na Europa, Ásia e Oriente Médio.

Segundo a Nasa, essa foi a erupção mais forte de 2025 até agora. A explosão liberou radiação ultravioleta e raios-X em direção à Terra na velocidade da luz. Ao atingir a ionosfera, provocou falhas nas comunicações por rádio de alta frequência em diversas regiões.

Há suspeita de que o evento tenha sido acompanhado de uma Ejeção de Massa Coronal (EMC), que, se confirmada, pode desencadear tempestades geomagnéticas e auroras boreais ao interagir com o campo magnético da Terra. No dia anterior, 13 de maio, também foi registrada outra erupção solar de classe X — algo raro, segundo a Noaa (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA).

A mancha AR4087 permanece ativa e visível da Terra durante esta semana. Especialistas alertam que, caso a instabilidade continue, novas erupções podem ocorrer. Ainda assim, a Noaa estima que as chances de novos eventos solares significativos nos próximos dias sejam moderadas, com cerca de 35% de probabilidade para erupções pequenas ou médias.

O Sol está atualmente em sua fase mais ativa dentro do ciclo solar de 11 anos, o que contribui para a maior frequência desses fenômenos. Embora a radiação emitida por erupções solares não atravesse a atmosfera terrestre, seus efeitos podem causar interferência em sinais de GPS, rádio e telecomunicações, além de representar risco a astronautas e satélites em órbita.