Ibovespa renova máxima histórica após falas de Galípolo; dólar fecha em R$ 5,65

O Ibovespa voltou a bater recorde nesta segunda-feira (19), ultrapassando os 140 mil pontos durante o pregão, e fechando acima dos 139 mil. A alta foi impulsionada por declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sobre a taxa de juros. Enquanto isso, o dólar teve leve queda, em um dia marcado também pela repercussão do rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos.

O principal índice da bolsa brasileira subiu 0,32% e fechou aos 139.636,41 pontos, novo recorde de encerramento. No melhor momento do dia, chegou aos 140.203,04 pontos, superando a máxima anterior de 139.334 registrada na última quinta-feira (15).

O dólar à vista recuou 0,25%, cotado a R$ 5,6549 na venda.

Segundo análise técnica do BB Investimentos, o rompimento de resistências históricas no Ibovespa e o comportamento das médias indicam continuidade da tendência de alta. No entanto, o Índice de Força Relativa (IFR) em zona de sobrecompra pode sinalizar uma correção de curto prazo. Caso haja recuo, o suporte inicial está em 137.600 pontos.

Cenário externo

A desvalorização do dólar ocorreu em meio à busca por ativos mais seguros no mercado internacional. A decisão da Moody’s, na sexta-feira (16), de rebaixar a nota de crédito dos EUA de “Aaa” para “Aa1” elevou a aversão ao risco, impactando moedas emergentes como o real.

A agência justificou o corte com base no aumento do endividamento e dos juros nos EUA, agora em patamar superior ao de outros países com classificação semelhante. Esse movimento segue rebaixamentos anteriores promovidos por Fitch (em 2023) e S&P (em 2011), refletindo preocupação com a sustentabilidade fiscal da maior economia do mundo.