
O presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Waller Júnior, afirmou nesta quarta-feira (14) que os aposentados e pensionistas vítimas de descontos indevidos devem manter a calma, pois o programa de ressarcimento “não tem prazo para encerrar” e assegurou que “todos serão atendidos”. A declaração foi dada durante uma entrevista sobre as notificações enviadas aos beneficiários afetados pelas fraudes.
Na mesma ocasião, o presidente da Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social), Rodrigo Assunção, detalhou que, no primeiro dia de funcionamento da plataforma de consulta, foram registrados mais de 8,5 milhões de acessos. No entanto, apenas cerca de 1,6 milhão de usuários chegaram à área específica de descontos.
Apesar da instabilidade enfrentada na manhã do primeiro dia, Assunção garantiu que “melhorias foram feitas” e que o objetivo é proporcionar uma “experiência tranquila e adequada” para as vítimas da fraude.
Até as 16h, mais de 480,6 mil pedidos de contestação foram abertos, mas somente 6.720 pessoas finalizaram a manifestação — o equivalente a 1,4% do total. A grande maioria, 98,6%, indicou que não reconhece os descontos.
Waller Júnior informou ainda que 93,7% das consultas foram realizadas pelo aplicativo ou site do Meu INSS, e que a central telefônica 135 recebeu cerca de 30 mil ligações. O presidente também alertou para possíveis golpes relacionados ao caso e pediu que a população não forneça dados pessoais por telefone ou outros canais não oficiais. Ele reiterou que “os pagamentos serão realizados em folha” para os que tiverem direito ao ressarcimento.
Até o momento, 41 entidades foram contestadas. Elas têm um prazo de 15 dias úteis para apresentar documentos que comprovem vínculo com os beneficiários ou para devolver os valores cobrados. Júnior reforçou que, diferentemente do prazo para resposta das entidades, “não existe prazo para a abertura do requerimento das vítimas”.