Farra do INSS: Moro afirma que familiares de Lula ocupam cargos estratégicos em sindicatos

Em sessão no plenário do Senado na última terça-feira (13), o senador Sergio Moro (União-PR) acusou o governo do presidente Lula de envolvimento em fraudes nas aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo o senador, investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelaram irregularidades que teriam ocorrido após alterações na legislação, facilitando repasses para sindicatos e associações politicamente alinhadas ao governo.

Moro destacou a possível presença de familiares do presidente Lula em posições de liderança nessas entidades, o que, para ele, teria contribuído para os desvios. “Eu vejo, hoje, no O Globo, uma matéria que faz um retrospecto histórico de como votações neste Congresso, impulsionadas por emendas apresentadas por partidos de esquerda, permitiram a flexibilização [dos critérios] desses descontos sobre aposentadorias e pensões do INSS para direcionamento para sindicatos e associações ‘amigas’, como, por exemplo, a Contag [Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura], que hoje é presidida por um filiado do PT, ou esse sindicato que tem por vice-presidente o irmão do presidente Lula, o tal do Frei Chico”, afirmou o senador.

O senador associou as supostas fraudes à mudança na Lei das Estatais, que, no início do governo Lula, teria permitido a nomeação de aliados para cargos em empresas públicas sem a devida qualificação. “Tudo isso fez o atual governo para que pudesse indicar, sem os óbices legais, os seus amigos, a companheirada, pessoas muitas vezes sem a qualificação necessária, e [em situações] repletas de conflitos de interesse, para cargos estratégicos nas estatais. Creio que ainda estamos vendo apenas o cume do iceberg”, concluiu Moro.