O INSS justificou por que as três entidades que mais arrecadaram com descontos sobre aposentadorias nos últimos anos — incluindo o sindicato ligado a um dos irmãos do presidente Lula — não estão entre as 12 associações que serão alvo de processos administrativos de responsabilização por fraudes contra aposentados.
Segundo o órgão, as entidades incluídas foram aquelas citadas na operação como pagadoras de propina a servidores do INSS ou consideradas fantasmas, sem estrutura mínima para funcionar. A Controladoria-Geral da União assumiu as investigações para garantir “uniformidade e coesão” nos procedimentos.
O INSS também informou que está desconsiderando a personalidade jurídica das associações para responsabilizar diretamente seus sócios e grupos empresariais vinculados. A apuração pode alcançar outras instituições que se enquadrem nas irregularidades previstas na Lei Anticorrupção.
O escândalo veio à tona no fim de 2023, revelando que entidades arrecadaram até R$ 2 bilhões em um ano com descontos automáticos em aposentadorias, mesmo respondendo a milhares de ações judiciais por fraudes nas filiações. A Operação Sem Desconto, deflagrada em abril, levou às demissões do então presidente do INSS e do ministro da Previdência.
