Jornalista da Globo é a nova imortal da Academia Brasileira de Letras

A jornalista e escritora Miriam Leitão foi eleita na quarta-feira (30) para a Academia Brasileira de Letras (ABL). Ela ocupará a cadeira de número 7, cujo patrono é o poeta Castro Alves. A vaga estava aberta desde fevereiro, com a morte do cineasta Cacá Diegues.

Na votação realizada com urna eletrônica, Míriam obteve 20 votos, superando o economista e ex-ministro da Educação Cristovam Buarque, que recebeu 14 votos. Ela é a 12ª mulher eleita para a ABL desde a fundação da instituição e a segunda a ocupar a cadeira 7 — a primeira foi Dinah Silveira de Queiroz.

Com mais de cinco décadas de atuação no jornalismo, Miriam Leitão tem passagem por veículos como O Globo, onde é colunista, além de atuar como comentarista na GloboNews, na rádio CBN e no telejornal Bom Dia Brasil, da TV Globo.

A jornalista é autora de 16 livros publicados, em gêneros como ficção, crônica, romance e literatura infantil. Entre seus títulos estão Saga brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda (2012), vencedor do Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Reportagem e Livro do Ano de Não Ficção, e Amazônia na encruzilhada: o poder da destruição e o tempo das possibilidades (2023), que recebeu o Prêmio Intelectual do Ano – Troféu Juca Pato, em 2024.

Em declaração após a eleição, o presidente da ABL, Merval Pereira, afirmou que a atuação da jornalista em temas como meio ambiente, democracia e políticas públicas dialoga com os interesses da Academia.