
O bom humor dominou os mercados financeiros nesta sexta-feira (14/3). O dólar fechou em queda de 1,00%, cotado a R$ 5,74, com mínima de R$ 5,71 durante o pregão. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa Brasileira (B3), subiu 2,64%, atingindo os 128.957 pontos, seu maior patamar do ano, após uma forte recuperação de 1,43% na véspera.
Esses resultados acompanharam o movimento positivo nos mercados globais. O índice DXY, que mede a força do dólar, caiu 0,09% no fim da tarde, enquanto outras divisas emergentes, como o peso mexicano, também se valorizaram. As bolsas europeias também apresentaram bons números: o Stoxx 600 subiu 1,11%, o FTSE 100 avançou 1,05%, e o DAX teve alta de 1,86%. Parte desse impulso foi impulsionado por um acordo sobre investimentos em infraestrutura e defesa entre Friedrich Merz, futuro chanceler da Alemanha, e o Partido Verde.
Nos EUA, os índices de Nova York também encerraram o dia em alta. O Dow Jones subiu 1,30%, o S&P 500 avançou 1,60%, e o Nasdaq, com foco em tecnologia, cresceu 2,00%. Para analistas, a recuperação foi impulsionada pela menor pressão de Trump sobre as tarifas comerciais.
O estímulo vindo da China também aqueceu os mercados. O governo chinês incentivou os bancos a fomentar o consumo, com a expectativa de que políticas adicionais para estimular a economia sejam anunciadas em breve. O otimismo gerado na China tem um impacto direto em países emergentes exportadores de commodities, como o Brasil, que se beneficia desse aquecimento global.
Na B3, as ações de peso subiram com força, impulsionando o Ibovespa. As ações da Petrobras avançaram 4,27%, e as da Vale subiram 3,10%, impulsionadas pelo aumento no preço do petróleo e do minério de ferro. Os bancos também valorizaram, com Itaú e Bradesco subindo 3,64% e 3,65%, respectivamente.
Os investidores também reagiram positivamente aos dados das contas públicas brasileiras. O Banco Central divulgou que o setor público consolidado registrou um superávit primário de R$ 104,096 bilhões em janeiro, o maior da série histórica, o que reforçou a confiança no cenário fiscal do país.